quarta-feira, 7 de março de 2012

As Cegonhas Não São Escuteiros


No Sábado, acordei, levantei-me e vesti-me. Encetei a manhã – ou o fim desta – com a regular taça de leite com cereais e confrontei-me com o recente incrementar do escutismo na nossa preciosa vila. Esta "onda" de "crianças vestidas como parvinhos lideradas por parvinhos vestidos como crianças" tem nos últimos anos vindo a despoletar uma preocupante aderência. Preocupante, pois todos sabemos que as novas camadas etárias da nossa terriola estão condenadas a "abafar a palhinha". Não é que tenha algo contra a homossexualidade – se bem que sou contra toda a panóplia de actividades demasiado estúpidas para serem “para qualquer idade” que compõe o escutismo – mas esta sina que decai sobre as crianças, atinge-me a dúvida pseudo-existencial-o-reprodutora que recai sobre todo o homem, do qual ter filhos é um maiores objectivos vital a longo-prazo: Como descobrir se um filho é gay, antes que se perca a garantia. Após penetrar profundamente nesta questão – não tão profundamente quanto isso – apercebi-me que há todo um leque de comportamentos inerentes às várias fases do crescimento de um ser humano que permitem a tão afamada "Sondagem Decisiva Em Busca da Segunda Possível Perninha do Cromossoma Y" do bebé.
Na infância, quando uma criança apresenta uma "valente gripalhada" não e incomum os pais requisitarem os serviços do pungente comprimido anal, ou vulgo supositório. Não há menino que não tema a palavra "supositório" e não tente desesperadamente escapar com unhas e dentes a tal infame castigo infernal em forma de objecto não identificado ogival... a não ser que detenha algum "defeito de fabrico". Em caso do seu filho demonstrar a mais ínfima satisfação a um encontro imediato de grau medicinal traseiro, pondere em devolver o pacote.
Outro potencial comportamento de risco surge naquela fase em que as crianças precisam de um adulto que os acompanhe à casa de banho. No mais famoso jogo de lavabo – exceptuando "O Leão-marinho Semi-seco & A Cenoura " (a inclusão do papel higiénico é facultativa) – a criança interpreta o papel de concorrente principal, em "Quem é que vai pegar na minha pilinha?". É inevitável a preferência por um dos progenitores aquando o acto mictório, e é esta mesma escolha por quem o vai "levar a fazer xixi" o ponto crucial para a avaliação do potencial larilas do miúdo. Quanto às perguntas em jogo, existe apenas uma, a qual denomina o jogo por si só. A resposta correcta é adjacente ao Complexo de Édipo. A resposta errada envolve a preferência de manuseamento prepucial do infante por parte Papá.  
Uma vez comprovada a mercadoria em defeito, é ligar para o número verde da Dona Cegonha e reclamar o serviço de suporte e manutenção." Estou sim? Dona Cegonha? … Olhe, tenho aqui uma queixa. A encomenda veio... Avariada. … No contrato dizia que não havia substituições? … Mas eu não me lembro de assinar nenhum contrato... Ah! Estava bêbedo! Então não conta. Sabe as regras. ... Desculpe? … Estou a ser o quê? … Eu não queria ir por aqui, mas não me dá outra opção. Tenho provas sólidas de que as entregas dos bebés dos Antunes do segundo esquerdo e o dos Almeida foram... … Para a semana? Perfeito! Vou acondicionar este devidamente na caixa, então. Foi um prazer negociar consigo uma vez mais, Dona Cegonha. …Com licença."
Não temamos a orientação sexual dos nossos futuros rebentos. Alem do mais, a Dona Cegonha até faz bons preços. Combine previamente com os seus vizinhos, amigos ou familiares que estejam também interessados n' O Milagre da Vida. Nesta época de crise a Dona Cegonha lançou uma vasta gama de packs económicos (6, 12 e 24 unibabes por pack) e os portes de envio são totalmente grátis!

Yurgan Clementino

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